sábado, 29 de maio de 2010

de repente senti minha escrita um tanto ultrapassada, cafona e piegas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mônica diz:
*e a gente fica preparada?
Pablo Amélia diz:
*a gente tenta
*porque na hora a gente treme
*mesmo sabendo com antecipação

domingo, 16 de maio de 2010

- tu sabes? tô perguntando como quem pede colo, não como quem afronta
(agora deitei no teu colo e lagrimei, só um pouco)
- ô neném, pode ficar aqui que eu te dou colo, amparo, acolhimento
- tens sido tão paciente, minha flor. Não para de passar a mão na minha cabeça, que tá sendo afagante,de ti sinto um carinho de mãe...
- que bom, que bom. Procura um centro, meu amor
- vou sábado que vem,falei com uma amiga minha. Sinto como se tu tivesses me ajudando a escrever um livro...
- te sentes melhor?
- sinto aquela sensação de acabar de sair do centro, de acabar de sair de uma aula de alongamento
- que linda
- sentir a respiração...
- vou comer um pouco, já volto, passarica.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sou tão normal ao ponto de ser irritante, as minhas pequenas coisas e manias, tudo absolutamente tão pequeno e normal, como quando vou até a americanas e vasculho todos DVDs e CDs durante horas, procurando algo do meu interesse, termino a busca com 5 DVDs na mão, mas só tenho dinheiro pra um ou dois, então acrescente ai mais meia hora pra eu poder escolher qual eu vou levar, mas quando olho a fila gigante sinto preguiça e vou embora. Também pode ser irritante a minha inconstante feminice, a preguiça de me arrumar e pentear o cabelo, o jeito de andar me arrastando pelos lugares, intercalado aos dias que estou disposta a me arrumar, com maquiagem e tudo mais (acho que essa realmente deixa as pessoas bem irritadas, porque assim não podem me classificar). A minha ironia e respostas tortas tão indigestas para alguns são aliviantes perto das minhas sentimentalidades, sempre tão melosas e demonstrando fragilidade. A minha ausência de talento que se contradiz entre alguns dos meus desenhos e textos. A vontade de vencer, que se contradiz com o meu jeito conformado. As minhas inúmeras lamúrias tão pequenas perto da força, que eu tiro sem saber de onde para superá-las. Tudo é íntimo e particular, mas consegue irritar as pessoas, não sei a razão, mas elas insistem em entender e exigem a explicação de coisas que eu não entendo em mim mesma, desculpa! mas eu não faço a mínima questão de entender. As lupas que são usadas para a minha análise estão arranhadas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

- e tá doendo?

- quando eu tava falando com ele

- eu tava ansiosa
- fiquei tão ansiosa que fiquei invisível
- isso dói um pouco
- essa paixão
- mas não é de chorar, é de entristecer

quarta-feira, 5 de maio de 2010

'' vadiação é coisa santa''

O ônibus chegou, merda! Eu acabara de acender o cigarro
E tão logo já tenho que apagar, o dia já começa irritante.
Ônibus lotado, o colarinho parece mais apertado ainda! como já disse, irritante!
Então ela sobe, peitos fartos. Seus lábios gesticulam. Quanta fartura!
Ela passa por mim. Nossa! Seu peito parece fugir do decote. Noto que ela pede passagem, tento fugir dos meus pensamentos, mas aproveito o novo ângulo no qual ela se encontra e invado o decote, seio adentro! Sem pedir licença me perco entre quatro paredes com aqueles peitos que nem cabem em minhas mãos.
- Perdão moça! Pode passar.

sábado, 1 de maio de 2010

Abri os livros, tu ainda habitavas aquelas páginas, então dali eu te tirei, trazendo a estante ao chão. Então percebi que estavas preso no porta-retrato, e lançando-o contra a parede foi o único jeito que encontrei de te tirar de lá. Te agarraste então nas cartas antigas, então queimei-as para te libertar através da fumaça.
Quando olhei pro telefone sabia que atravessaria a noite esperando a tua voz através do fio enrolado, me pedindo desculpa. Nos fios pensei em enrolar o pescoço e pular sacada abaixo, mas joguei o telefone, antes que pensasse nisso novamente.
Finalmente abri as janelas, o vento entrou e levou o teu cheiro de dentro do apartamento, eu chorei pela última vez.
a campainha toca. Estranho, o interfone não tocou. Eu atendo ao chamado, no olho mágico: o homem que me faz serva