Certa manhã apareceu uma passarinha em minha janela.
Miudinha sem cantar. Preta e amarela, bem amarelinha
Um olho de esperancinha.
Água ela só bebia se fosse de cana. Comida quase não queria.
Saía até fumaça do bico, mas canto que era bom nada.
Até que um dia, não sei o que se assucedeu com minha passarinha.
Ela pousou na minha mão e soltou o canto mais bonito que já havia ouvido.
Nunca nem um pássaro cantou mais bonito de se ver.
Um cantar de chorinho miudinho.
E eu a penar na sua dor, segurei a passarinha como quem dizia:
-chora pra mim, que tá tão bonito
Nenhum comentário:
Postar um comentário