terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Até o dia que somente ela escreva no livro de seu corpo e ria dos frustrados escritores. Dos que escreveram linhas tortas, dos incoerentes, dos que nem sabiam como segurar a pena. No entanto o que eles escrevem sai no banho. Deles ela se limpa, mas os pensamentos que a devoram... esses são grifados com agulha, são tatuados por cima da ferida aberta.
Pensa que é grande
Tira a meia calça, rodopia na renda, suada, mas ultraleve ela pensa ''grande amor, quando estiver pronto para mim não me negue''. Continua dançando sobre a leveza das folhas, com o corpo quente de sol e o deboche dos amores ofertados e que tanto ela descarta nos olhos, ela continua a rodar, cai de tonta com gargalhadas gozantes de todos ao seu redor, gente tola e careta.
domingo, 19 de dezembro de 2010
confetes são balas
Então achava que tinha se desconstruído por inteira, no entanto faltava o infinito, o infinito de atitudes improváveis, os impulsos motivados pela dor acumulada, os pensamentos maldosos que escorregam por entre o inconsciente, toda a perversidade que ela carrega na acidez dissimulada no silêncio. Ai, quanta fraqueza descontrolada. Pensam que ela nada quer, mas ela só não quer agora, está se guardando pra explodir essa raiva em serpentina, pra atirar confetes no salão, dançando a marchinha da solidão, cercada por corpos mascarados... tá se guardando para quando o Carnaval chegar
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