domingo, 8 de agosto de 2010
nuvem branca com sardas
Por favor, não esquece de descombinar as cores sempre que possível, de tirar as palavras do papel, de errar a tela e pintar a parede, faz uma arco íris bem grande e tira a roupa, com a tinta fresca abre os braços e o acaricie, mas não esquece de te arrepiar com a umidade da tinta na pele, com o arrepio pensa em deus e faz uma prece, bem rápida, bem colorida, cheia de letras e sardas.
sábado, 7 de agosto de 2010
viagens em bolha de sabão
- Sabe, as vezes antes de dormir minha cama vira grama e o telhado vai embora,então eu me pego olhando um céu azul sem nuvens, então eu me vejo em cima de um cajueiro bem alto, sujando com o suco amarelo e doce, a renda branca do vestido. Em seguida retorno a grama e lá estou eu olhando pro céu azulado, em seguida chegam as nuvens, elas são tão brancas e leves, vão assumindo diversas formas (talvez eu não goste do fato delas serem tão volúveis, ou goste delas só por isso) no entanto elas se aglomeram e vão ficando juntinhas umas das outras, o céu fica em escalas de cinzas e claro com a luz dos raios, começa a chover forte, d'aquelas chuvas que lavam a alma, nessas chuvas a gente levanta e corre, gira forte até cair de tonto, cansada e zonza eu sento na grama e me despeço das nuvens, acolhendo todo o colorido do arco-íris e do pôr-do-sol dentro de mim. Sabe, nesses fins de tarde a gente tem que respirar fundo e soltar o ar pela boca e deixar todas as aflíções saírem, depois abrimos bem os olhos pra retina captar toda a paz que a gente precisa. Depois de todas as cores bem combinadas e os bons ventos, eu descanso na grama esperando a lua subir com um véu de estrelas, as vezes eu durmo assim, ou as vezes o telefone toca e eu assisto filmes em bolhas de sabão, em overdoses de afago, afeto e afeição.
Assinar:
Postagens (Atom)